terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA CONTRA A FLEXIBILIZAÇÃO DA LEI DE COTAS


No dia 15 de Janeiro último, o jornal Folha de São Paulo, no caderno “Mercado”, página B4, publicou a matéria “STF poderá rever regras para deficientes”. Alguns dias depois, o mesmo jornal, em 23 de Janeiro, assinou o editorial “Barreira Burocrática”, caderno “Poder”, página A2, tratando do tema (textos originais em anexo).
Não é de hoje que parte mais atrasada do setor empresarial vem defendendo flexibilizações na chamada “Lei de Cotas” (Lei 8.213/91, posteriormente regulamentada), que reserva um percentual de 2% a 5% das vagas nas empresas com cem ou mais empregados a serem preenchidas por pessoas com deficiência e reabilitados (Lei em anexo).
O conteúdo da matéria e do editorial mencionados acima buscam dar respaldo para o processo de flexibilização da Lei, em sintonia com o discurso dessa parcela do empresariado. Assim sendo, nos parece de suma importância apresentar, de maneira pontual e objetiva, argumentos contrários a este movimento, oriundos da experiência prática de órgãos públicos, sindicatos, associações, ONGs, ativistas sociais, enfim, pessoas com e sem deficiência que atuam cotidianamente com esta questão.
Além disso, os argumentos por nós apresentados têm seu embasamento na legislação vigente e, principalmente, na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006, ratificada pelo Brasil em 2008 com o status de emenda constitucional e promulgada pelo Executivo Federal por meio do Decreto 6.949/09.
Os seguintes aspectos nos chamaram a atenção e provocaram questionamentos:
1.      Embora a matéria fale explicitamente que “o Superior Tribunal Federal (STF) votará nos próximos meses uma ação que poderá instituir a flexibilização das regras para a contratação de deficientes pelas empresas” não há referências a uma única fonte do próprio Tribunal, nem maiores informações sobre o trâmite desta ação, como o Ministro Relator responsável.
2.      Deve-se reafirmar que o papel primordial do STF, no sentido contrário, é defender a Constituição e o direito ao trabalho das pessoas com deficiência, grupo populacional historicamente discriminado. O acesso ao trabalho é direito constitucional previsto no Art. 27 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência supracitada;   
3.      Explica-se na matéria que a ação é movida pelo grupo Pão de Açúcar, que teria sido autuado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por descumprimento da Lei. Segundo a matéria: “a empresa diz ter cumprido a lei e que foi multada porque só consideraram como deficientes aqueles com atestado do INSS”;
4.      Pelo texto, se entende que o MPT considerou como pessoas habilitadas a fazer jus à Lei de Cotas só aqueles com certificado do INSS. Tal afirmação é imprecisa e não condiz com os procedimentos legais ou regimentais para comprovação das condições que definem aqueles que são considerados para fins de cumprimento da Lei. Vejamos:
De acordo com o Decreto Federal 3.298/99, art. 36, que disciplinou a “Lei de Cotas”, observa-se que as vagas reservadas a serem preenchidas se referem:
a)     às pessoas portadoras de deficiência habilitadas ou
b)     aos beneficiários da Previdência Social reabilitados
Para a identificação de tais pessoas, além do art. 4° deste Decreto (alterado pelo Decreto 5.296/04), os parágrafos 1° a 5° esclarecem que:
1º) considera-se pessoa com deficiência habilitada:
a) aquela que esteja capacitada para o exercício de uma função, ainda que não submetida ao processo de habilitação ou reabilitação; desta forma, a pessoa com deficiência não possui certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; Neste caso, comprova-se tal condição simplesmente por meio de laudo médico, que pode ser emitido por médico do trabalho da empresa ou qualquer outro médico.
b) aquela que esteja capacitada para o exercício de uma função submetida ao processo de habilitação ou reabilitação; desta forma, a pessoa com deficiência possui certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
2º) considera-se pessoa reabilitada aquela submetida ao processo de reabilitação profissional e com certificado de reabilitação profissional fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
5.      Em resumo, para a grande maioria dos casos as pessoas com deficiência que fazem jus às cotas comprovam a sua condição apenas com o laudo médico. Eventualmente, se passaram por processos de habilitação ou reabilitação profissional, as pessoas com deficiência terão o certificado fornecido pelo INSS. Mas este é somente exigido obrigatoriamente para o segundo grupo de pessoas beneficiado pela Lei: os reabilitados.
6.      Talvez o verdadeiro argumento da ação do grupo Pão de Açúcar, em consonância com setores empresariais, esteja explícito no seguinte trecho da matéria: “a legislação também define os tipos de deficiência, excluindo as consideradas "mais leves" - diferenciação que as empresas consideram "inconstitucional";
7.      É preciso deixar claro que os parâmetros que balizam as cotas – Decretos Federais 3.298/99 e 5.296/04 – não excluem “deficiências leves”. Eles apenas caracterizam aquelas condições nas quais, a partir de uma significativa limitação funcional, há desvantagens competitivas e dificuldades adicionais para o pleno acesso ao mercado de trabalho. Sem estes critérios, corre-se o risco de banalizar este instrumento de ação afirmativa;
8.      O pior é que, na seqüência, a “inconstitucionalidade” acima mencionada é apresentada como responsável pela queda no número de ocupações formais exercidas por pessoas com deficiência, de 348 mil em 2007 para 306 mil em 2010 (fonte RAIS, Ministério do Trabalho Emprego). 
9.      O que não consta na matéria, mas é percebido claramente por aqueles que atuam nesta área, é a “preferência” de parte das empresas por pessoas com deficiências “mais leves”, dificultando o acesso, por exemplo, de cadeirantes ou pessoas cegas nos ambientes de trabalho; (ou seja, dupla discriminação, para pessoas com deficiências mais graves);
10.  Além das “questões burocráticas” e dos “problemas da legislação”, a matéria abre espaço para outra queixa freqüente de parte do empresariado que não cumpre a Lei: “a falta de pessoas com deficiência e de mão-de-obra qualificada para o preenchimento das vagas”;
11.  Embora se reconheça que há um histórico de exclusão escolar responsável por um passivo na formação das pessoas com deficiência, este processo está sendo claramente revertido. Dados do MEC apontam para o aumento no número de matrículas e crescente escolaridade das pessoas com deficiência. Existem também iniciativas – no chamado “Sistema S”, órgãos públicos e empresas privadas – no sentido de promover capacitação profissional e maior qualificação para este segmento (como também para o conjunto da população, cuja qualificação média também não é adequada). 
O editorial “Barreira Burocrática”, mesmo que numa forma mais amena e cuidadosa, segue o mesmo estilo “conservador e pró-empresarial” da matéria, reproduzindo equívocos no sentido de respaldar o seu conteúdo e a intenção clara de flexibilizar a Lei.
Realizada esta avaliação crítica do material jornalístico, concluímos este Manifesto com uma síntese das nossas posições sobre o tema:
a)     É precipitado propor flexibilizar a “Lei de Cotas” sem que se conheça a fundo o universo das pessoas com deficiência e/ou limitação funcional a ser divulgado pelo IBGE nos resultados do Censo de 2010 (até o presente momento, se conhece apenas os dados agregados absolutos);
b)     No mesmo sentido, é prematuro e perigoso falar em inclusão de “deficiências leves” nas cotas quando ainda está em curso um estudo demandado pela Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (SNDP), vinculado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, junto ao IETS (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), com o objetivo de aperfeiçoar a classificação das deficiências;
c)      A “Lei de Cotas”, da forma como está hoje, não é a panacéia para resolver a questão da inclusão das pessoas com deficiência no trabalho, mas pior seria sem ela. Não queremos depender eternamente deste instrumento, mas ele se mostrou necessário e ainda é imprescindível para consolidar a cultura de inclusão e valorização da diversidade nos ambientes de trabalho;
d)     Reduzir o percentual das cotas, incluir novos grupos ou criar fundos de contribuição para não contratar trariam perdas para o já precário processo de inserção no mercado de trabalho, penalizando as pessoas com maior limitação funcional, justamente aquelas para as quais foi pensado este instrumento de ação afirmativa.
e)     Qualquer discussão sobre mudanças na Lei deve passar pelo controle social de instâncias como o CONADE (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência), em sintonia fina com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
As pessoas abaixo assinadas colocam-se à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários e pedem a gentileza de divulgar este Manifesto:
Anahi Guedes de Mello, cientista social, é uma das fundadoras do Centro de Vida Independente de Florianópolis (CVI- Florianópolis)
Antonio Santos Pereira - Membro do CVI Bahia e do Perspectivas em Movimento - Inclusão Artístico e Cultural da Pessoa com Deficiência
Carlos Aparício Clemente – Vice Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e Coordenador do Espaço da Cidadania
Fernando Antonio Pires Montanari – Economista
Ida Célia Palermo - Consultora de Inclusão Social, Presidente do CVI Campinas
Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior - médica fisiatra e docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante do Núcleo Interdisciplinar de Acessibilidade e Inclusão da UFRJ, especialista e consultora na área de políticas públicas de inclusão das pessoas com deficiência. Ex-Secretária nacional da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Kátia Fonseca, Jornalista, ativista de Direitos Humanos, conselheiro-consultiva CVI- Campinas
Lilia Pinto Martins – Psicóloga clínica, com experiência profissional no campo da psicologia da reabilitação. Uma das fundadoras e atual presidente do CVI-Rio
Marcio Castro de Aguiar, Fisioterapeuta, Cego, ativista na defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, fundador do CVI- Niterói
Marta Gil – socióloga, consultora na área da Deficiência e Coordenadora Executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas
Melissa Bahia – Consultora na área de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência
Roseli Bianco Piantoni – conselheira do CMPD/Campinas – Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência; Conselho Local de Saúde do CRR e Vice Presidente do CVI Campinas.
Silvia Pereira de Brito – assistente social, Mestre em Serviço Social pela PUC-SP.
Vinicius Gaspar Garcia – economista e pesquisador, co-fundador do CVI- Campinas e diretor de relações institucionais do CVI- Brasil
Centro de Referência em Reabilitação – Prefeitura Municipal de Campinas, Centro de Vida Independente de Campinas (CVI- Campinas),Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente (CVI- Brasil
José Luiz Zanzini ( Zézinho ) Jornalista (API), Prof. de Filosofia, Pós Graduado em Sociologia/ Pós Graduado em Gestão Ambiental/ Gestor de Serviços Publicos/Coordenador Geral de Relações Institucionais e Governamentais da Cidade de São Paulo, Assessor e Consultor de Gabinete da Primeira Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Brasil, Vice Presidente da CPA- Comissão Permanente de Acessibilidade da Cidade de São Paulo, Membro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência. Especialista na área de Acessibilidade e Inclusão de Pessoas com Deficiência, atuando voluntariamente no segmento a 37 anos.



Quem quiser assinar, por favor pode escrever para o Vinicius Garcia: 
Vinicius Garcia - MVI <vggarcia30@gmail.com>
FONTE:FOLHA DE SÃO PAULO

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

PRÊMIO ACESSIBILIDADE AOS TRANSPORTES 2011-2012

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT, I.P.) lançou a 2ª edição do “Prémio Acessibilidade aos Transportes 2011-2012″, com o objetivo de distinguir projetos que permitam aos cidadãos com mobilidade condicionada uma maior acessibilidade aos transportes públicos.
Este Prémio pretende distinguir medidas e ações que se destaquem positivamente pela acessibilidade proporcionada e integração de soluções inovadoras direcionadas à efetiva eliminação de barreiras para os cidadãos com necessidades especiais e mobilidade condicionada, premiando as boas práticas e promovendo a sua divulgação.
Está prevista a distinção dos três primeiros classificados, através da atribuição de um prémio de valor pecuniário, selecionados a partir da avaliação dos projetos apresentados. Esta avaliação será conduzida por um júri composto pelo IMTT, I.P. e pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. e por uma Comissão Técnica, de que farão parte as seguintes entidades:
- Associação dos Cegos Amblíopes de Portugal (ACAPO);
- Associação Portuguesa de Deficientes (APD);
- Associação Portuguesa de Deficientes das Forças Armadas (ADFA);
- Sociedade Portuguesa da Engenharia da Reabilitação e da Acessibilidade (Supera);
- Centro Português de Design (CPD).
As candidaturas ao “Prémio Acessibilidade aos Transportes 2011-2012″  encontram-se abertas até ao dia 24 de fevereiro de 2012, para projetos cujas obras tenham sido concluídas de 1 de janeiro de 2010 até 31 de dezembro de 2011.
Na primeira edição, após análise das sete candidaturas admitidas, o Júri decidiu, por unanimidade, atribuir os seguintes prémios:
1.º Classificado: Projecto «Rede de Acesso Fácil» da STCP – Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. , com prémio no valor de 25.000 euros, entregue pelo Secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca. Destaque pela visão abrangente e global mostrada por este projecto e pela empresa em geral na melhoria do acesso à sua rede de transportes públicos, com intervenção em áreas diversas: veículos, informação, serviço, paragens, etc., apresentando soluções para diferentes tipos de necessidade;
2.º Classificado: Projecto «Revisão de Nível 2 das Unidades Quadruplas Eléctricas (UQE’s)» da CP – Comboios de Portugal, EPE, com prémio no valor de 15.000 euros, entregue pelo Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. Destaque pela visão a longo prazo do projecto, assim como a abrangência do mesmo para diferentes tipos de necessidade;
3.º Classificado: Projecto «Sistema de Transportes Públicos de Lagos (Onda)» da Câmara Municipal de Lagos, com prémio no valor de 10.000 euros, entregue pelo Presidente do IMTT (também presidente do Júri), António Crisóstomo Teixeira. Destaque pelo empenho do município em garantir, numa pequena rede de transportes local, o acesso por rampas em toda a frota.
Para maiores informações, acesse o link a seguir Prémio Acessibilidade aos Transportes 2011-2012 
Fonte: IMTT/ENVIADO POR CARLOS LACERDA

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

POLÍCIA NAS RUAS DE FEIRA DE SANTANA


APÓS UM DIA "APAVORANTE" POLICIAIS RETORNAM ÀS RUAS DE FEIRA DE SANTANA DEVOLVENDO TRANQUILIDADE AOS FEIRENSES.

A VIOLÊNCIA É EPIDÊMICA!


PRESIDENTE LACERDA!
ACOMPANHE O EVOLVER DE ATOS DE VIOLÊNCIA E PÂNICO NA NOSSA AMADA FEIRA DE SANTANA.
HAVERÁ PARADEIRO PARA ISTO?
www.acordacidade.com.br
Durante todo o dia, vários arrastões foram registrados na cidade. O repórter Ney Silva acompanhou a situação no Terminal de Transbordo Central.

A VIOLÊNCIA É PANDÊMICA!


A VIOLÊNCIA É PANDÊMICA.
veja.abril.com.br
A tensão continua nesta sexta-feira em frente à sede do Ministério do Interior egípcio, no Cairo, onde nas últimas horas foram registrados choques entre torcedores do time Al-Ahly e a polícia, em uma noite de confrontos que matou duas pessoas em Suez.

MEU CARO PRESIDENTE, CARLOS LACERDA!
A VIOLÊNCIA ESTÁ BANALIZADA. O QUE FAZER?
VOCÊ TEM ACOMPANHADO AS ÚLTIMAS OCORRÊNCIAS EM FEIRA DE SANTANA?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

VIVER SEM LIMITES

Viver sem Limite

Agência Brasil, 17/11/2011:

Plano Viver sem Limite vai qualificar 150 mil pessoas com deficiência

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O plano Viver sem Limite vai oferecer até 150 mil vagas para a qualificação profissional das pessoas com deficiência. Com previsão de R$ 7,6 bilhões em investimentos até 2014, o plano lançado hoje (17) pelo governo federal busca ampliar a integração da pessoa com deficiência na sociedade.

As ações do Viver sem Limite, nome dado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, estão distribuídas em quatro eixos: educação, saúde, inclusão social e acessibilidade.

“Acreditamos que vamos otimizar recursos, trabalhar por resultados e assegurar nosso objetivo com esse plano que é uma vida melhor com dignidade e respeito para as pessoas com deficiência”, destacou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, no Palácio do Planalto. Durante a cerimônia, foi anunciada a criação da Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programa Urbanos, no Ministério das Cidades.

Na educação, o plano prevê investimento de R$ 1,8 bilhão em ações como a adaptação de 42 mil escolas públicas e instituições federais de ensino. Também serão adquiridos 2,6 mil ônibus acessíveis para o transporte de 60 mil alunos. A contratação de 648 professores de libras é outra ação do plano, assim como a implantação de mais salas com recursos multifuncionais.

Para identificar doenças que não apresentam sintomas logo após o nascimento o número de exames do teste do pezinho será ampliado e, a partir de 2012, duas novas anormalidades poderão ser detectadas por esse procedimento. 

A rede de produção e acesso à órtese e prótese será ampliada, e o Sistema Único de Saúde (SUS) destinará recursos para adaptação e manutenção de cadeiras de rodas. “Muitas vezes, as pessoas adquirem as cadeiras, mas não têm a condição de ajustá-las e de fazer a manutenção quando estragam”, explicou o secretário nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Antônio José Ferreira.

Na área de promoção da inclusão social, serão implantados centros de Referência para apoiar as pessoas com deficiência em situação de risco, como as que vivem em extrema pobreza. A previsão orçamentária para essa área chega a R$ 72,2 milhões.

O eixo acessibilidade terá à disposição R$ 4,1 bilhões para criar cinco centros de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guias em cada uma das regiões do país. Atualmente, só existem dois instrutores qualificados no Brasil. Além disso, assim como o anunciado no Minha Casa, Minha Vida 2, o plano reafirma que 100% das unidades serão projetadas com possibilidade de adaptação para receber pessoas com deficiência.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 mostram que 23,91% da população brasileira tem algum tipo de deficiência.

Edição: Talita Cavalcante

ULTRA-LEVE TUBULAR AVANT GARDE

Um design modular ultra-leve e um chassis tubular em alumínio com cruzeta dupla central e um peso a partir de 9.200 fazem da Avantgarde CLT um peso ultra-leve absoluto. Um adaptador para rodas traseiras permite afinar ao centímetro o ponto de gravidade, a distância entre eixos, o ângulo do assento e a inclinação das rodas. Para utilizadores experientes que estão confiantes na sua posição sentada existe uma versão com a roda soldada no chassis, sem adaptador, sem adaptador, o que reduz ainda mais o peso da cadeira.




FONTE: BLOG O TEMPO NÃO PARA

TETRAPLÉGICO REALIZA SONHO DE SALTAR DE PARAQUEDAS

Aos 24 anos, com câncer e desenganado pelos médicos, Ezequiel Saviolli fez o seu primeiro salto de paraquedas
O Jovem Ezequiel Saviolli, de 24 anos, tetraplégico, desenganado pelos médicos após um diagnóstico de câncer, realizou um sonho na tarde do último sábado, em Campinas, quando fez o seu primeiro salto de paraquedas. Uma vontade que sempre existiu, mas que teve de ser colocada de lado por muitos anos. O salto deparaquedas foi uma de suas primeiras aventuras, e não podia ter sido melhor.
Seu instrutor foi Paulo Assis, da Sky Radical, especialista em paraquedismo com quase 10 mil saltos. Foi ele, inclusive, quem realizou o primeiro salto acompanhado de um deficiente físico no Brasil, em 1997. Para o profissional, poder saltar ao lado de pessoas como Ezequiel tem um gosto especial. “Dá muita satisfação poder participar de um momento de superação. É sempre uma lição de vida que nos contagia muito.”
Para encarar a queda livre e uma velocidade que pode chegar a 200 quilômetros por hora, as pernas de Ezequiel foram amarradas e tudo foi planejado para que ele pousasse sobre as pernas do instrutor. “Isso prova que o paraquedas é um esporte seguro e acessível para qualquer pessoa”, disse Assis.
Ezequiel Saviolli salta com o instrutor Paulo Assis, da Sky Radical: alegria de poder realizar um sonho radical no céu de Campinas
A irmã de Ezequiel, Kalina Saviolli, de 26 anos, também participou da aventura e saltou ao lado do irmão. Quando se preparava para entrar no avião, no Aeroporto dos Amarais, ela não segurou as lágrimas ao ver a alegria do irmão e sua superação. “Hoje é um dia especial. Ele sempre quis isso”, afirmou.
A aventura dos filhos foi acompanhada passo a passo pela mãe, Pedrina Saviolli, de 46 anos, que cuida de Ezequiel em período integral. Ela contou que os médicos que já trataram do jovem afirmam que ele é um desafio para medicina. A fé da família e o amor depositado a ele podem ser o segredo da longevidade. “A família criou uma teoria: estamos nesse mundo para viver, sem questionar, sem se lamentar, apenas viver. E é isso que fazemos hoje. Toda a família vive como ele, como se hoje fosse o último dia de nossas vidas”, disse.
E olhando para o céu, após 30 minutos de espera até o salto, Kalina e Ezequiel surgem por entre as nuvens em seus paraquedas, para alegria de Pedrina, que curtia cada segundo, imaginando o que seu filho estava sentindo naquele momento. Poucos minutos depois, a aterrissagem foi um sucesso e aconteceu conforme o planejado. Com a adrenalina lá em cima e em estado de êxtase, Ezequiel contou os detalhes do voo, desde a saída do avião, a passagem pelas nuvens e o sentimento de ter realizado o sonho. “Todos podem e devem fazer isso pelo menos uma vez na vida”, disse, já pensando em uma próxima aventura. “Agora eu quero asa delta.”
Com outros passeios planejados, Ezequiel resumiu seu estado atual e disse não se preocupar com o futuro. “Quero fazer essas aventuras até quando puder”.
A doença
A história de Ezequiel poderia ter tido um ponto final em 1994. Aos 6 anos, após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor na medula espinhal, ele ficou tetraplégico. Dois anos depois o câncer voltou, dessa vez em três nódulos da medula. Depois de outras três cirurgias, e pesando apenas nove quilos, foi desenganado pelos médicos quando outros seis tumores apareceram.
Nesse momento, os pais do garoto resolvem mudar radicalmente de vida e dar ao filho mais uma chance. Foi aí que deixaram Paulínia e se mudaram para uma fazenda no Mato Grosso, em busca de melhor qualidade de vida. Cercado pela natureza, Ezequiel conseguiu, milagrosamente, vencer sozinho o câncer, sem tratamentos quimioterápicos e sem estar em uma cama de hospital.
Debilitado e com um problema pulmonar, viu a doença desaparecer. Começou a estudar e pensar no futuro. De volta a Paulínia, no ano de 2007, concluiu um curso de Eletrônica pelo Senai e foi provando que era capaz de tudo o que ele queria. Cadeira de rodas nenhuma foi capaz de barrar a perseverança e vontade de viver de Ezequiel.
Conseguiu um emprego de vendedor e passou a conquistar sua independência. Mas foi em 2009 que fortes dores o fizeram voltar ao hospital e receber mais um diagnóstico. O câncer tinha voltado, dessa vez, ainda mais agressivo. Em meio a tratamentos e doses cavalares de remédios, em novembro do ano passado a família foi comunicada sobre o seu delicado estado de saúde. Mais uma vez foi desenganado.
Apesar da dor que envolveu a família, o jovem também recebeu a notícia sobre sua saúde. Foi neste momento que ele fez apenas um pedido para sua mãe: queria poder curtir ao máximo sua vida praticando esportes radicais.
Para conseguir pagar as custas de tratamentos e mudanças de casa, além de conseguir realizar os sonhos do filho, a família já vendeu uma casa e está disposta a fazer ainda mais para que Ezequiel realize tudo o que sempre quis. “A vida inteira trabalhamos, conquistamos, fiz quatro cursos de teologia, tenho diplomas, mas nada me ensinou como ensina o meu filho”, disse a mãe.
Ezequiel superou, voou e provou que não há nada mais importante do que viver como se não houvesse o amanhã.
Fonte: http://www.rac.com.br/CARLOS LACERDA

A VIDA DE HELEN ADAMS

A vida de Helen Adams Keller é a história de uma criança que aos dezoito meses de idade ficou cega e surda e de sua luta árdua e vitoriosa para se integrar na sociedade, tornando-se além de celebre escritora, filosofa e conferencista, uma personagem famosa pelo trabalho incessante que desenvolveu para o bem estar das pessoas portadoras de deficiências. 

Nasceu em 27 de junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama, descendendo de família tradicional do Sul dos Estados Unidos. Seu pai, Capitão Arthur Keller, era homem de influência em sua comunidade, editor do Jornal “The Tuscumbia Alabamian” e foi nomeado Prefeito do Alabama do Norte em 1685. 

Helen Keller perdeu subitamente a visão e a audição devido a uma doença que foi diagnosticada naquela época, como febre cerebral, sondo provável que tenha sido escarlatina. Passou Os primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe permitisse desenvolver-se aprendendo sobre o mundo ao seu redor.
CLIQUE NOS LINKS E VEJA OS VÍDEOS OBRE A HISTÓRIA DE HELEN KELLER




WORLD REPORT ON DISABILITY

Seminário Internacional sobre a Implementação do World Report on Disability acontece em fevereiro de 2012

Será realizado entre 23 e 25 de fevereiro de 2012, em São Paulo, Brasil. Marcará o lançamento da versão em Língua Portuguesa do Relatório Mundial sobre Deficiência
No lançamento do Relatório na ONU, em 2011, foi anunciada a quantidade de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo.
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo convida para o "Seminário Internacional sobre a Implementação do World Report on Disability", iniciativa da Secretaria em parceria com a Organização Mundial da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde, o Banco Mundial, a Parceria Global para Deficiência e Desenvolvimento, a Sociedade Internacional de Medicina Física e Reabilitação, a Rede Latino-Americana de Organizações Não-Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias, a Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro.
O "Seminário Internacional sobre a Implementação do World Report on Disability" será realizado entre 23 e 25 de fevereiro de 2012, em São Paulo, Brasil. Marcará o lançamento da versão em Língua Portuguesa do World Report on Disability - Relatório Mundial sobre Deficiência, e terá uma enorme importância para a sociedade internacional, pois permitirá a discussão de assuntos relevantes para o desenvolvimento de estratégias de implementação do Relatório, dentre eles a habitação, a educação, o emprego, a saúde, ambientes acessíveis e facilitadores.
O objetivo do Seminário é identificar os desafios à implementação das práticas recomendadas pelo Relatório no sentido da promoção de oportunidades iguais para pessoas com e sem deficiência, conforme estabelece a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas.
Com este objetivo, o Seminário contará com a presença de representantes das instituições parceiras e especialistas convidados, para que sejam apresentadas novas diretrizes de abrangência internacional, visando ao enfrentamento dos desafios que ainda impedem a garantia de igualdade de direitos para as pessoas com deficiência em todas as áreas, mas com especial destaque para a saúde e a reabilitação.


Para Programação, inscrições e outras informações acesse: